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Retorno ao Brasil

Encontrei uns esboços no painel do blogger que eu nunca terminara e que merecem ser revisitados. Tentei escrever sobre como foi o meu retorno ao Brasil após 1 ano e meio de residência em Portugal. Morámos em Lisboa, na freguesia de Belém, em Portugal a divisão administrativa correspondente ao bairro é a freguesia. Isso remonta ao tempo da monarquia em que a Igreja era a grande ordenadora da vida civil dos cidadãos. No Brasil também era assim, mas a sanha positivista dos republicanos acabou com todas as estruturas que fizessem rememorar um passado monárquico e cristão na sociedade. esse movimento teve ser apogeu na destruição do Paço da Boa Vista por um incêdio causado pela negligência do governo. Eu fui fazer um estágio pós-doutoral IHMT. As nossas crianças estudaram em colégios privados, chegámos no meio do anos letivo, em janeiro, e houve uma certa dificuldade em inseri-los no sistema público. Neste ano e meio eu consegui revalidar os meus títulos acadêmicos e especialidade médica,

Mais mudanças

Parece que só me lembro deste blog nos momento de mudança. Seria um exercício interessante continuar a escrevê-lo de forma ininterrupta, mas o tempo é escasso, ou as prioridades estão equivocadas. Neste exato momento estou prestes a realizar uma nova grande mudança na vida de minha família. Vamos para Portugal! Em breves dias estaremos a embarcar em mais uma aventura, aventura mesmo, para uma nova realidade. Obviamnete, as razões motivadores para esta mudança são a insegurança jurídica, institucional e social que testemunhamos hoje no Brasil. Há vários anos venho observando a deteriorização moral destas terras. Tradição, sabedoria e mérito são atacados por uma horda de "intelectuais" e aquilo que é certo passa a ser uma heresia. Criar um filho, ou mesmo viver, neste ambiente de relativismo extremo é um sofrimento. As consequências estão na nossa cara a todo momento, o descontrole do governo, aumento da violência, prioridades em coisas fúteis. O tecido social se esgarçou.

Mudanças e mais mudanças

Foram mais 6 anos sem escrever nada neste blog, posso justificar-me pelas atribulações decorrentes das outras mudanças por que passámos. Depois de 9 anos a morar na capital do Brasil, mudámos há exato 1 ano para Portugal. Não foi um movimento brusco, mas pensado e planejado nos últimos 10 anos. Obviamente houve as serendipidades, ou acontecimentos aleatórios, que facilitaram a nossa partida. Um dos motivos desencadeadores foi a falta de perspectiva que nos encontrávamos no Brasil. Muita violência, baixa qualidade nos serviços que eram adquiridos, muito ruído ideológico e a cultura disseminada do jeitinho. Não quero aqui dizer que o Brasil seja um país ruim para se viver, nem de longe, poderia sim ser o melhor do mundo. No entanto, há forças atávicas que nos impedem o desenvolvimento, isso ficou mais claro com a eleição do Bolsonaro. É louvável o que ele tem tendado fazer para melhorar o ambiente interno e pôr as coisas no rumo certo. Mas, mesmo que isso tudo venha a dar certo, os resu

A finalidade da arte

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Estou a ler um livro acerca da história da arte, realmente surpreendi-me com alguns fatos que desconhecia completamente. Quanta ignorância! Para mim a arte era algo meio que supérfluo, sem uma finalidade em si, servindo somente para agradar à percepção das pessoas (quase todas ou algumas), criar um mercado lucrativo e críticos ininteligíveis e pedantes(isso pelo menos era verdade). É claro que estava tudo errado e, apesar de estar no início do livro, já começo a vislumbrar um mundo novo de informações. Inicialmente a nossa fonte em termos de arte são os gregos, lá que tudo começou a se organizar em termos que conhecemos hoje. Todavia, esses beberam da fonte dos egípcios, que tinham a arte como um dos aspectos de sua religião e crenças. Desde o início da humanidade o homem usa arte como forma de amuleto, tendo na crença que as imagens podem servir como algo mágico, que vai lhe ajudar em algum aspecto de sua vida. Os homens da caverna pintavam animais na parede pois acreditavam que essa

Algumas considerações após três anos

Volto a escrever nesse blog após três anos de negligência. Realmente foram três anos muito intensos e produtivos, mudança para uma cidade nova, trabalhos com novas exigências e para completar mais um filho, ou melhor, filha. Nesses três anos muita coisa mudou, a eleição do poste esquerdopata para a presidência e mais o legado anterior do apedeuta tornaram o Brasil mais inóspito para os que querem empreender e dependem da meritocracia para galgar os escalões da hierarquia. A mentalidade bolivariana e marxista tomou conta do país, vivemos agora numa nítida ineptocracia associada à cleptocracia. Em um dos meus posts anteriores eu dizia que do Brasil só sobraria o mercada financeiro, pois então, o dito poste vem conseguindo acabar até com isso. A intervenção desmedida do estado no mercado vem destruindo a economia do país, cuja a estabilidade foi conquista por um preço elevado e com muito sacrifício pelo povo brasileiro. Do lado social, vivemos uma caça às bruxas contra a classe média, j

O carioca e a seca do sertão

Hoje eu ouvi no rádio que os candangos estão ansiosos pelo retorno da chuva que há 4 meses sumiu destas paragens do Distrito Federal. Isso me deixou meio instigado, estou há 2 anos radicado em Brasília e este é o meu segundo período de estiagem prolongada. Eu tinha como concepção que o sertanejo era um indivíduo que lidava com este período, que para mim ainda é incompreensível e desesperador, com certa naturalidade e até indiferença. Acho que este ano a natureza resolveu exagerar um pouco !!! Eu da minha parte, como carioca que sou, ainda não consegui me adaptar a esta situação. Nunca na minha vida eu deixei de ver a chuva por mais de duas semanas (em média). Quando em algum ano se ultrapassava esta cifra, começava o desespero. Acho que vai demorar até eu me acostumar a esse clima tão diferente, e quem sabe eu possa um dia ostentar a indiferença dos candangos...

Educação tradicional vs. construtivista

Sou de uma geração que passou mais de 30 anos sentado num banco escolar (em todos os níveis) tentando aprender alguma coisa. Claro que não sou da época da palmatória, da genuflexão em cima de grãos de milho e outros castigos sádicos tão comuns nas narrativas de nossos pais e avós. Apesar disso, a escola para mim sempre foi um lugar para ficar sentado ouvindo a preleção do magister. Como sou professor, de uma forma ou de outra, sempre reproduzi isto, mas com uma pulga atrás da orelha. Durante meu curso universitário ( e também um pouco do ensino médio, quer dizer, 2o. grau) eu achava as aulas inúteis, salvo as ministradas por poucos professores. Para resumir a ópera, meu filho esta prestes a entrar na pré-escola e a escola que ele está matriculado utiliza o princípio construtivista. A minha preocupação é que andei lendo em umas revistas que este método não se presta à alfabetização, que o método antigo (b a ba) seria o melhor. Fui conversar com a pedagoga da escola e fiquei mais tranqu